Ontem 15/04/10, Netinho fez uma brilhante participação na Micareta de Feira. Uma festa bastante tradicional no circuito nacional do axé. Vejam imagens do trio pipoca e toda animação da galera, que vai ao delírio quando o trio passa. Ele cantou grandes sucessos do axé music e seu mais novo hit "Extrapolou". Simbora galera! Simbooooooora Netinho. Estamos contando os dias para o retorno triunfal do Bora Bora no Pré-Caju.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Edição maldosa! aff...
Nosso cantor preferido foi vítima de uma péssima edição feita na entrevista que deu sobre a homossexualidade, exibida no programa Fantástico da rede Globo. Ele postou no seu blog “Confraria do Netinho”, um texto que expressa exatamente o que ele falou para a repórter. O assunto veio à tona na semana passada, por causa da revelação de Rick Martin sobre a sua orientação afetiva. Podemos até compreender a falta de tempo para exibição de entrevistas, que na TV é tudo corrido, com os milésimos de segundos contados. No entanto, editar e mostrar a parte mais apelativa, para mim é um ato que beira a irresponsabilidade. Temos vontade de saber e sempre cobramos a sua agenda de shows; quando o próximo cd vai ser lançado; quais novidades irá trazer nas suas apresentações ao vivo, novas coreografias, iluminação, cenário; pedimos que cante músicas que nos agradam; queremos um tchau, um abraço, um sorriso; queremos que ele continue a nos alegrar cantando o amor, a festa, a vida... Sobre a sua vida pessoal, não queremos saber, isso só diz respeito a ele. Além disso, os fãs de Netinho sabem quando tudo está bem, porque expressa naquilo que importa. Na sua música, no seu gingado, na sua força, na sua energia no trio e no palco.
O difícil para as pessoas é entender o quanto a homoafetividade é intrínseca, que não se trata de escolha e sim um desejo natural. Ela rompe barreiras, o afetivo não se apega aos detalhes e admira o ser humano como um todo, o conjunto e não a parte. Mas o ser humano é por si instigante e questionador. Sua organização social exige explicações, justificativas e por isso os julgamentos são tão comuns. É uma motivação mórbida, triste de se ver. Mas os objetos de análise conseguem seus meios de se tornarem superiores a essa torpe forma de enxergar as suas ações. Fechar-se em guetos, trancar-se em si mesmo, ser refém do seu próprio sentimento, ou pior, dos sentimentos alheios. A preparação é complicada para alguns, tanto, que muitos vivem na eterna dúvida do ser ou não ser. A sociedade tem que entender, os processos de uma relação homoafetiva são os mesmos de uma relação heteroafetiva. A vida na diversidade é mais comum do que possa imaginar a vã filosofia de qualquer outro estilo de vida. Questões como: Fulano rebola tanto. Será que ele é gay? Cicrana adora jogar futebol! Será que ela é lésbica? Existem questões mais importantes a serem discutidas e colocadas em pauta. Isso se elas devem ser discutidas, porque esses assuntos são pessoais e intransferíveis. Não cabe a ninguém ficar questionando. Isso só diz respeito às partes envolvidas e a ninguém mais, talvez no máximo essas explicações possam ser estendidas para as famílias e mesmo assim com algumas ressalvas. A caricatura, a comédia são vias já desgastadas de se exibir os temas. Dramatizar também não é caminho, mas o fato de não tratar como aberração já é válido. Vamos fugir dos padrões, dos rótulo, as relações sociais, sentimentais, políticas dos humanos são únicas. Fórmulas são exatas demais para algo tão subjetivo. Amor, amizade, respeito, cumplicidade, fidelidade, são elementos invisíveis para os olhos. Mas podem ser sentidos e administrados pelo coração.
Esperamos que você continue vivendo intensamente O AMOR em todas as suas instâncias, com a pessoa amada, com a família, com os amigos próximos, com seus fãs. by @andinhoBIO
O difícil para as pessoas é entender o quanto a homoafetividade é intrínseca, que não se trata de escolha e sim um desejo natural. Ela rompe barreiras, o afetivo não se apega aos detalhes e admira o ser humano como um todo, o conjunto e não a parte. Mas o ser humano é por si instigante e questionador. Sua organização social exige explicações, justificativas e por isso os julgamentos são tão comuns. É uma motivação mórbida, triste de se ver. Mas os objetos de análise conseguem seus meios de se tornarem superiores a essa torpe forma de enxergar as suas ações. Fechar-se em guetos, trancar-se em si mesmo, ser refém do seu próprio sentimento, ou pior, dos sentimentos alheios. A preparação é complicada para alguns, tanto, que muitos vivem na eterna dúvida do ser ou não ser. A sociedade tem que entender, os processos de uma relação homoafetiva são os mesmos de uma relação heteroafetiva. A vida na diversidade é mais comum do que possa imaginar a vã filosofia de qualquer outro estilo de vida. Questões como: Fulano rebola tanto. Será que ele é gay? Cicrana adora jogar futebol! Será que ela é lésbica? Existem questões mais importantes a serem discutidas e colocadas em pauta. Isso se elas devem ser discutidas, porque esses assuntos são pessoais e intransferíveis. Não cabe a ninguém ficar questionando. Isso só diz respeito às partes envolvidas e a ninguém mais, talvez no máximo essas explicações possam ser estendidas para as famílias e mesmo assim com algumas ressalvas. A caricatura, a comédia são vias já desgastadas de se exibir os temas. Dramatizar também não é caminho, mas o fato de não tratar como aberração já é válido. Vamos fugir dos padrões, dos rótulo, as relações sociais, sentimentais, políticas dos humanos são únicas. Fórmulas são exatas demais para algo tão subjetivo. Amor, amizade, respeito, cumplicidade, fidelidade, são elementos invisíveis para os olhos. Mas podem ser sentidos e administrados pelo coração.
Esperamos que você continue vivendo intensamente O AMOR em todas as suas instâncias, com a pessoa amada, com a família, com os amigos próximos, com seus fãs. by @andinhoBIO
segunda-feira, 5 de abril de 2010
"EDIÇÃO POBRE DO FANTÁSTICO"
O programa disperdiçou uma bela oportunidade de aprofundar o assunto sem ser tão superficial como foi diante de tanta coisa bacana quanto Netinho falou.
Segue na íntegra tudo que rolou na entrevista para Renata. Foi este o exato motivo pelo qual aceitou dar a entrevista: poder passar a minha experiência e visão sobre o assunto.
"Vivi uma experiência de relação com uma pessoa do mesmo sexo, relação essa que teve a mesma base de sustentação de qualquer outra relação: a paixão, o amor, o companheirismo e tudo o que de positivo você conseguir imaginar que pode acontecer entre duas pessoas. O fato de ter tido junto a mim uma pessoa do mesmo sexo não me modificou em nada como homem, como pai, como filho, como irmão e como amigo. Ao contrário, apenas me acrescentou. Me mostrou que o amor tem uma dimensão muito maior do que a que eu imaginava. Me mostrou que o amor está acima de cor, raça, idade, condição financeira, sexo, de tudo!
Meu jeito de falar, de andar, de vestir, de pentear... nada disso foi alterado. Eu continuei a ser a mesma pessoa, prezando a minha masculinidade, gostando de fazer as mesmas coisas, tendo a mesma relação com o espelho, com o meu eu interior e com os outros.
Nunca falei em lugar algum que sou "gay" pois não gosto da conotação que esta palavra tem aqui no Brasil. E não gosto de me rotular. Em nada. Não sinto que tenho que me situar numa categoria. Hoje o meu amor, o meu desejo podem estar direcionados a uma pessoa do sexo oposto e amanhã a uma do mesmo sexo. Isso pra mim não importa desde que estas relações sejam sempre motivadas pelo amor.
Na minha opinião, a palavra "Homossexual" tomou uma conotação por demais ligada ao corpo e ao sexo. Este fato transmite uma idéia errada a quem nunca viveu esse tipo de relação. Na verdade, o que une duas pessoas do mesmo sexo numa relação é o sentimento que sentem uma pela outra. E no amor, você não escolhe, não direciona. Aquilo que todos chamamos de orientação sexual deveria ser antes chamada de orientação afetiva.
Quando você já está vivendo uma coisa intensa e ainda não conseguiu encontrar dentro de você a forma de lidar com a 'novidade', com a 'realidade', seu instinto é se esconder, preservar ainda mais a sua privacidade de forma que ninguém invada um terreno que você ainda não conhece bem para poder falar a respeito. Com o tempo você adquire a certeza de que nada mudou. Com o tempo me vi o mesmo, só que muito mais feliz, apaixonado!
Passo à minha filha, aos meus amigos, e a quem posso, através da minha profissão, a mensagem de que nada que você faz por amor é em vão. Encorajo a que as pessoas corram atrás do verdadeiro amor nas suas vidas, esteja ele onde estiver. Sinto-me um homem muito completo e realizado com as experiências que tive. Aos que neste mundo ainda não entenderam que as coisas acontecem assim, só posso lamentar e desejar que encontrem o seu verdadeiro amor pois lhes trará muita luz com respeito a este assunto e a muitos outros."
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